segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Resumo: Empatia, Projeção e Identificação no Processo da Criação Publicitária.

Colaboração: THAISE DA CRUZ DOS SANTOS

Alguns fatores de ordem psicológica são largamente utilizados para que o publicitário alcance seus objetivos. Entre eles encontramos freqüentemente a empatia, projeção e identificação, sem descartar o poder de outros fatores de influência como os grupos de referência, as classes sociais, as promoções, as teorias econômicas, os processos de transformação social, o uso das cores e muitos outros que igualmente têm o poder de determinar atitudes favoráveis de compra.

Portanto entende-se que na construção da comunicação publicitária, se esses fatores forem dosados de forma adequada, isolados ou combinados, podem determinar o nível qualitativo das mensagens nos anúncios, independente do meio em que serão veiculadas. Outro ponto importante é a capacidade que têm de agrupar as linhas individuais de conduta, existentes dentro da massa, em torno de um ponto comum, destacando-o ao mesmo tempo em que mantém os divergentes ocultos da percepção do consumidor.

A publicidade, como as relações públicas, a propaganda, a aplicação da própria psicologia é uma arte de persuadir, de transformar as opiniões e as atitudes utilizando a comunicação e a informação. Surgiu com o homem, pois desde que ele existe , existem trocas, inter-relações, persuasores e persuadidos. Com isso, o consumidor especializou-se na análise dos comerciais sabendo apreciar aqueles que, de fato, têm qualidade e que conseguem, de alguma forma, mexer com sua estrutura emocional.

Nesse contexto a venda tem uma dimensão psicológica evidente, por se tratar de satisfazer as necessidades e principalmente por se tratar de uma inter-relação específica de um fenômeno essencialmente humano. Reside aí a arte de persuadir, transformar opiniões, atitudes e levar o indivíduo a uma ação desejada previamente pelo persuasor. Conseqüentemente, cabe ao o anúncio ou à mensagem publicitária tornar a massa consciente da necessidade, a fim de despertar-lhe o desejo mostrando o produto como sendo objeto de satisfação e da necessidade manifestada pelo desejo.

Os veículos de Comunicação de massa, o conteúdo das mensagens e todo o processo de persuasão só encontram sucesso se o alvo for previamente estudado e todas as barreiras forem transpostas, o que implica em um detalhado estudo e conhecimento psicológico em termos de comportamento do público alvo. Nesse contexto estão inseridos suas emoções, sentimentos, crenças, aspirações, preferências subjetivas, tendências e os desejos entre outros elementos do composto afetivo do ser humano. No entanto o mesmo é dotado de mecanismos de defesa como a projeção, a transferência, a formação reativa, dentre outros que atuam com o intuito de preservar o equilíbrio psicológico, mantendo o "eu indivíduo" protegido de frustrações, conflitos e ansiedades.
Muitos dos padrões de respostas, das características, atitudes e motivos humanos são adquiridos na infância, como conseqüência de aprendizagem social.  A identificação é um deles e pode ser considerada como um impulso ou motivo apreendido para ser com o outro indivíduo. Segundo Freud (1922), "um caminho por via da imitação, conduz da identificação à empatia, isto é, à compreensão do mecanismo pelo qual ficamos capacitados para assumir qualquer atitude em relação à vida mental". Sendo assim, a empatia é tida como a capacidade de nos identificarmos com outras pessoas, experimentando os mesmos sentimentos que elas experimentam ou vivendo mentalmente situações que desejaríamos experimentar.

A empatia , assim como a identificação está presente em quase todas as mensagens publicitárias , e é através dela que se consegue colocar a consciência do indivíduo nos estados de atenção, interesse, desejo e principalmente ação. Atualmente são muitos os comercias em que o telespectador "sente o pavor eminente de um acidente acontecendo: de repente, ele é arrancado de sua poltrona preferida e é lançado numa rodovia, com o carro levando toda sua família, após uma curva não consegue controlar o carro que irá se precipitar por uma ribanceira. Situações como essa são largamente exploradas para promover a venda de amortecedores, pneus, dispositivos de suspensão e outras centenas de autopeças.

Outro processo associado à publicidade é projeção. O mesmo é considerado como a capacidade que o indivíduo possui de transportar seus estados emocionais não aceitos em outras pessoas, objetos ou situações. Sendo a projeção um mecanismo de defesa, conforme já exposto, o indivíduo faz uso dele para emitir uma força psicológica igual e de mesma intensidade para se proteger do estímulo contido.

Pode-se afirmar que a projeção ocorre muito mais freqüentemente no momento da criação da mensagem publicitária do que no momento da recepção desta, uma vez que o publicitário quando estabelece o conteúdo e a forma da mensagem fatalmente projeta os seus estados afetivos e emocionais num processo que ocorre inconscientemente, para a mensagem que será criada.

Os processos de projeção e identificação agem de acordo com a percepção individual, assumindo um tom particular e diferenciado em função do conjunto formado pelos valores, atitudes, caráter e pela própria personalidade dos indivíduos que se constituem em alvo das mensagens publicitárias. Porém, a empatia requer a ocorrência da identificação preliminarmente. Ninguém sente ou se deixa envolver por mensagens nas quais não encontre elementos comuns ao seu aparelho psíquico. Esses processos a que nos referimos podem ocorrer sucessivamente, dentro de um padrão harmonioso, entretanto, para que ocorra a recepção real da mensagem conscientemente é necessário que um dos processos se desenvolva no indivíduo, seja a identificação, a empatia ou projeção.
A identificação com a mensagem publicitária ou com os símbolos empregados nela ocorre de forma inconsciente, enquanto a empatia determina uma compreensão do mecanismo que leva o sujeito à ação, portanto, a empatia é um processo que ocorre conscientemente, agindo dentro do composto afetivo do indivíduo. Entendido assim pode-se concluir que não há mensagem publicitária que não seja estruturada em todos os mecanismos explicitados. Sem eles a publicidade não é interiorizada e sem isso as ações demandadas dela não ocorreriam.

Referência:
TARSITANO,Paulo Rogério. Empatia, Projeção e Identificação no Processo
da Criação Publicitária. Pag. 1-10, ANO 19XX.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Teste de Rorschach

O teste de Rorschach, como todos os testes projetivos, baseia-se na chamada hipótese projetiva. De acordo com essa hipótese, a pessoa a ser testada, ao procurar organizar uma informação ambígua (ou seja, sem um significado claro, como as pranchas do teste de Rorschach), projeta aspectos de sua própria personalidade. O intérprete (ou seja, o psicólogo que aplica o teste) teria assim a possibilidade de, trabalhando por assim dizer "de trás para frente", reconstruir os aspectos da personalidade que levaram às respostas dadas.
A hipótese projetiva baseia-se no conceito freudiano de projeção: um mecanismo de defesa, através do qual o indivíduo atribui de maneira inconsciente caracteristicas negativas da própria personalidade a outras pessoas (projeção clássica). Apesar de a projeção clássica carecer de confirmação empírica e ser assim alvo de controvérsias, há ainda um outro caso de projeção que conta com uma relativa unanimidade entre os estudiosos: a projeção generalizada ou assimilativa. Esta é a tendência de determinadas características da personalidade, necessidades e experiências de vida de influenciar o indivíduo na interpretação de estímulos ambíguos. De acordo com os defensores do uso de testes projetivos, tais testes possuem duas grandes vantagens em compração aos testes estruturados: (a) eles "enganam" os mecanismos de defesa do indivíduo e (b) permitem ao intérprete do teste ter acesso a conteúdos não acessíveis à consciência do indivíduo testado.

A Publicidade e a Projeção

Que tipo de projeção essa propaganda veicula?


quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Projeção e Fotografia

Qual a mensagem que essa imagem passa para você?

A Projeção e a Arte

Esse é uma famosa pintura do norueguês Edvard Munch, datada de 1893.
Que sentimentos ela lhe transmite? O que você acha que ele quer comunicar?

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Projeção e Imagens





Duas fotografias, dois momentos, aparentemente mesmo local.
Que interpretação você faz dessas duas fotografias?

domingo, 26 de setembro de 2010

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Questões Sobre Testes Psicológicos

Os Testes Psicológicos são os instrumentos dos psicólogos mais conhecidos pela população em geral: seja na hora de tirar a carteira de habilitação ou em uma seleção de emprego, os testes psicológicos são utilizados.

A maior parte da população não entende como os testes funcionam. Para tirar algumas dúvidas e tranquilizar quem precisa passar por um psicotécnico, aí vão 5 perguntas e suas respectivas respostas sobre os testes psicológicos.

Quem pode aplicar os Testes Psicológicos?
É muito importante dizer que somente psicólogos podem utilizar os testes: testes psicológicos não podem ser aplicados por psiquiatras, pedagogos, assistentes sociais ou outros profissionais. Isso se deve à especificidade da sua construção e da necessidade de interpretação correta dos seus resultados. Testes psicológicos não são como testes de revistas femininas: seus resultados devem ser interpretados dentro de um contexto específico e, para isso, é necessário muito estudo e treinamento.

Quantos tipos de teste psicológico existem?
Basicamente, os testes psicológicos se dividem em dois tipos: psicométricos e projetivos.

O que são testes psicométricos?
Testes psicométricos são aqueles que fazem uso da medida matemática para avaliar o sujeito. Os resultados originam um cálculo e o resultado do calculo para cada sujeito é comparado com uma tabela do resultado para a população em geral. Como exemplos de testes psicométricos, temos o IFP (Inventário Fatorial da Personalidade), que avalia a personalidade do sujeito, e o QSG (Questionário de Saúde Geral), que avalia a saúde da pessoa no momento do teste.

O que são testes projetivos?
São aqueles testes que fazem uso da projeção, ou seja, são testes que permitem que a pessoa manifeste algum aspecto da sua história ou da sua personalidade, mesmo que não perceba isso. Por exemplo, temos o HTP (Teste da Casa-Árvore-Pessoa), que avalia a personalidade através de desenhos, e o TAT (Teste de Apercepção Temática), que usa as histórias que o indivíduo conta para avaliar a sua personalidade e o seu estado mental. O Rorschach, o famoso teste das manchas, também é um teste projetivo.

Como são construídos os testes?
Testes psicológicos partem de “construtos”, ou seja, o que vai ser avaliado. Um teste que mede “inteligência”, para dar um exemplo, parte de uma definição clara do que é inteligência (p.ex.: “inteligencia é a capacidade de reagir aos estímulos do ambiente de forma a melhor adaptar-se” – uma definição que pode ser mudada de acordo com o autor do teste) . A partir daí, é construído um instrumento que permite que o psicólogo avalie a inteligência – de acordo com a definição dada pelo teste. Os testes psicológicos são então aplicados a vários grupos de pessoas para definir qual parte da população pode ser avaliada a partir deles e como os resultados devem ser interpretados. O Conselho Federal de Psicologia então avalia as pesquisas e define se os testes podem ou não ser utilizados pelos psicólogos.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Ementa da Disciplina

Histórico dos testes projetivos. Tipos de testes de personalidade, suas vantagens e limitações. Os testes projetivos – gráficos, de complementação e de apercepção temática - histórico, bases teóricas, características, técnicas de aplicação, interpretação dos dados. As medidas de ansiedade de adultos e crianças – histórico, bases teóricas, características, técnicas de aplicação e interpretação dos dados. Planejamento e execução de informes e pareceres psicológicos, o examinador e sua relação com o paciente e a família. Questões éticas no uso das técnicas projetivas.